TAG Mulheres Nerds: Descubra agora porque o assédio atrapalha a ascensão de mulheres no mundo dos games!

As mulheres estão cada vez mais envolvidas com os jogos eletrônicos. A cada ano, o número de mulheres gamers só aumenta, aqui no Brasil, já somam mais de 51% dos jogadores. O jogo deveria ser apenas um momento de diversão, mas essas mulheres precisam lidar também com o assédio e preconceitos dos jogadores homens.

Nesse ambiente é comum as mulheres escutarem coisas de cunho machista. Por causa disso, a maioria das jogadoras desenvolve alguns mecanismos para aumentar a sua segurança durante os jogos. Vamos ver mais sobre esse assunto e como o assédio atrapalha a ascensão de mulheres no mundo dos games.   

 

Mulheres no mercado de jogos eletrônicos

 

A plataforma Pesquisa Game do Brasil divulgou recentemente que as mulheres representam 51% dos jogadores de jogos eletrônicos aqui em nosso território, deixando claro a força que essa categoria tem, nesse mercado.

A maioria dessas mulheres gamers utilizam o smartphone para jogar. No entanto, em consoles e computadores, a presença é menor, porém, as disputas online exigem mais interação com outros jogadores. O número menor deixa claro a quantidade de assédios e xingamentos que essas mulheres escutam, durante as partidas.

 

Por que os ataques ocorrem?

 

Uma pesquisadora na área de games revelou que por muitos anos, a propaganda de jogos eletrônicos era direcionada apenas para um determinado público. Esse público era branco, heterossexual, jovem e com boa situação financeira.

Com a popularização dos jogos eletrônicos, pessoas de outras classes começaram a fazer parte desse mundo, como os negros, homossexuais, obesos, pessoas mais velhas, mulheres, pobres e outros. Assim, os ataques começaram a ser frequentes, afastando várias pessoas que não se encaixavam no ‘perfil padrão’, e as mulheres estão nesse meio.

O que muitas fazem para evitar o assédio?

 

Para evitar que os assédios aconteçam, muitas mulheres criaram alguns mecanismos de defesa. O mais comum deles é esconder seu gênero feminino enquanto as partidas estão ocorrendo. Outras desativam o chat, não jogam online ou somente jogam com amigos.

No entanto, nem sempre é possível evitar alguns canais de comunicação, pois há aqueles em que é preciso usar a voz, identificando a jogadora. Algumas mulheres também evitam jogar em grupos, pois, quando o grupo perde, o erro recai sobre as mulheres jogadoras.  

 

Quais são as formas utilizadas para o assédio?

 

Por exemplo, uma mulher que esteja jogando Project Zomboid, pode se deparar em algum momento com comentários como “Você joga bem, mas já fez o almoço?” ou então “Cuidado para não queimar o Feijão”. Comentários como esses vêm sempre em forma de piada, para descontrair o ambiente.

Além desses, também tem os assédios que deixam claro a preferência pelo gênero masculino como, por exemplo: “Joga tão bem que nem parece que é mulher”.

 

O que algumas mulheres têm feito para combater esse problema?

 

Algumas mulheres têm enfrentado esse problema de frente, se tornando referência e inspiração para outras mulheres. Mesmo sabendo que nessa área não há punições para casos de assédio, ainda assim, algumas têm resistido.

Há aquelas que criam comunidades, grupos de jogadoras, times e campeonatos femininos, influenciando o mercado a ter um olhar mais atento para esse público.

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